Márcia Regina Massaneiro Ribeiro, Pedagoga e professora, formada em Pedagogia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná/Pós Graduação em Psicopedagogia na Facinter
Local de trabalho: Escola Municipal Jd Guarujá no Município de Colombo e Escola Mun. Raul Gelbeck em Curitiba, Paraná
1) Você considera o uso do quadro negro indispensável?
É bem verdade que novas técnicas e suportes estão surgindo para facilitar o trabalho do docente. Há professores que realizam verdadeiras maravilhas utilizando o quadro negro e giz. Em geral se sentiriam limitados sem poder contar com o apoio desse recurso, devido a necessidade de esboçar questões de verificação de seus conteúdos e auxiliando o aluno a mostrar o que aprendeu.
2) Você se sente preparado para os avanços tecnológicos?
Sim, temos que estar sempre preparados e atualizados para qualquer avanço tecnológico, ter habilidades e conhecimentos sobre conceitos relacionados com a tecnologia atual.
3) A escola em que você trabalha possui laboratório de informática?
Sim.
4) Todos os professores tem acesso ao laboratório, ou a escola tem professores específicos para trabalhar com informática?
Todos os professores receberam capacitação necessária para o uso desse recurso, no entanto somente um professor fica responsável para orientar os alunos no laboratório.
5) Se tem acesso ao uso do laboratório, se sente seguro em ensinar através do mundo digital?
Sim, o professor é aquele que além da competência, habilidade e equilíbrio emocional, é preciso estar aberto a mudanças, atualizar seus conhecimentos sem medo de aprender e de ensinar.
6) Você prefere o método tradicional do quadro negro ou gosta de trabalhar com o computador?
O computador e a internet se tornam cada vez mais indispensáveis aos professores e alunos. É com esse apoio que buscamos novidades e inovamos, dando oportunidade de se aproximar mais dessa tecnologia e conhecer suas possibilidades, porém não podemos esquecer do tradicional quadro negro que na fusão de ambos recursos podemos melhorar ainda mais nossas aulas.
7) Quan do você utiliza o computador com seus alunos, você utiliza de forma tradicional apenas para transmitir informação ou de forma que possibilite mudanças deixando que os alunos construam conhecimento, podendo criar, pensar, pesquisar e manipular informações?
O computador é uma poderosa ferramenta de formação, mas é preciso aprender a melhor forma de usá-lo com este fim. A escola, como local de formação, não pode ficar a reboque e deve usar as novas mídias para diversificar o ensino. É necessário a preocupação em não permitir que o aluno se torne alienado na utilização do computador, mas que o mesmo seja utilizado como ferramenta de construção do conhecimento.
Postado por Franciele
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Partes importantes do artigo: VISÃO ANALÍTICA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL: a questão da formação do professor, por
José Armando Valente, da
NIED-UNICAMP / PUC-SP, e
Fernando José de Almeida, da
PUC-SP
“A Informática na Educação ainda não impregnou as idéias dos educadores e, por isto, não está consolidada no nosso sistema educacional.”
“Além da falta de verbas existiram outros fatores responsáveis pela escassa penetração da Informática na Educação. A preparação inadequada de professores, em vista dos objetivos de mudança pedagógica propostos pelo "Programa Brasileiro de Informática em Educação" (Andrade, 1993; Andrade & Lima, 1993) é um destes fatores. Esse programa é bastante peculiar e diferente do que foi proposto em outros países.”
“O processo de repensar a escola e preparar o professor para atuar nessa escola transformada está acontecendo de maneira mais marcante nos sistemas públicos de educação, principalmente os sistemas municipais. Nas escolas particulares o investimento na formação do professor ainda não é uma realidade. Nessas escolas a informática está sendo implantada nos mesmos moldes do sistema educacional dos Estados Unidos no qual o computador é usado para minimizar o analfabetismo computacional dos alunos ou automatizar os processos de transmissão da informação.”
“Essa formação tem sido feita através de cursos que requerem a presença continuada do professor em formação. Isso significa que o professor em formação deve deixar sua prática pedagógica ou compartilhar essa atividade com as demais exigidas pelos cursos de formação. Além das dificuldades operacionais que a remoção do professor da sala de aula causa os cursos de formação realizados em locais distintos daquele do dia-a-dia do professor, acarretam ainda outras. Primeiro esses cursos são descontextualizados da realidade do professor. O conteúdo dos cursos de formação e as atividades desenvolvidas são propostas independentemente da situação física e pedagógica daquela em que o professor vive. Em segundo lugar, esses cursos não contribuem para a construção, no local de trabalho do professor formando, de um ambiente, tanto físico quanto profissional, favorável à implantação das mudanças educacionais. Em geral, o professor, após terminar o curso de formação, volta para a sua prática pedagógica encontrando obstáculos imprevistos ou não considerados no âmbito idealista do curso de formação; quando não, um ambiente hostil à mudança.”
“As experiências de implantação da informática na escola têm mostrado que a formação de professores é fundamental e exige uma abordagem totalmente diferente. Primeiro, a implantação da informática na escola envolve muito mais do que prover o professor com conhecimento sobre computadores ou metodologias de como usar o computador na sua respectiva disciplina. Existem outras barreiras que nem o professor nem a administração da escola conseguem vencer sem o auxílio de especialistas na área. Por exemplo, dificuldades de ordem administrativa sobre como viabilizar a presença dos professores nas diferentes atividades do curso ou problemas de ordem pedagógica: escolher um assunto do currículo para ser desenvolvido com ou sem o auxílio do computador”
“Na verdade, a introdução da informática na educação segundo a proposta de mudança pedagógica, como consta no programa brasileiro, exige uma formação bastante ampla e profunda do professor. Não se trata de criar condições para o professor dominar o computador ou o software, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no desenvolvimento desse conteúdo.”
“Mais uma vez, a questão da formação do professor mostra-se de fundamental importância no processo de introdução da informática na educação, exigindo soluções inovadoras e novas abordagens que fundamentem os cursos de formação”
“A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Essa prática possibilita a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno. Finalmente, devem-se criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vividas durante a sua formação para a sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir.”
Postado por: Franciele
NIED-UNICAMP / PUC-SP, e
Fernando José de Almeida, da
PUC-SP
“A Informática na Educação ainda não impregnou as idéias dos educadores e, por isto, não está consolidada no nosso sistema educacional.”
“Além da falta de verbas existiram outros fatores responsáveis pela escassa penetração da Informática na Educação. A preparação inadequada de professores, em vista dos objetivos de mudança pedagógica propostos pelo "Programa Brasileiro de Informática em Educação" (Andrade, 1993; Andrade & Lima, 1993) é um destes fatores. Esse programa é bastante peculiar e diferente do que foi proposto em outros países.”
“O processo de repensar a escola e preparar o professor para atuar nessa escola transformada está acontecendo de maneira mais marcante nos sistemas públicos de educação, principalmente os sistemas municipais. Nas escolas particulares o investimento na formação do professor ainda não é uma realidade. Nessas escolas a informática está sendo implantada nos mesmos moldes do sistema educacional dos Estados Unidos no qual o computador é usado para minimizar o analfabetismo computacional dos alunos ou automatizar os processos de transmissão da informação.”
“Essa formação tem sido feita através de cursos que requerem a presença continuada do professor em formação. Isso significa que o professor em formação deve deixar sua prática pedagógica ou compartilhar essa atividade com as demais exigidas pelos cursos de formação. Além das dificuldades operacionais que a remoção do professor da sala de aula causa os cursos de formação realizados em locais distintos daquele do dia-a-dia do professor, acarretam ainda outras. Primeiro esses cursos são descontextualizados da realidade do professor. O conteúdo dos cursos de formação e as atividades desenvolvidas são propostas independentemente da situação física e pedagógica daquela em que o professor vive. Em segundo lugar, esses cursos não contribuem para a construção, no local de trabalho do professor formando, de um ambiente, tanto físico quanto profissional, favorável à implantação das mudanças educacionais. Em geral, o professor, após terminar o curso de formação, volta para a sua prática pedagógica encontrando obstáculos imprevistos ou não considerados no âmbito idealista do curso de formação; quando não, um ambiente hostil à mudança.”
“As experiências de implantação da informática na escola têm mostrado que a formação de professores é fundamental e exige uma abordagem totalmente diferente. Primeiro, a implantação da informática na escola envolve muito mais do que prover o professor com conhecimento sobre computadores ou metodologias de como usar o computador na sua respectiva disciplina. Existem outras barreiras que nem o professor nem a administração da escola conseguem vencer sem o auxílio de especialistas na área. Por exemplo, dificuldades de ordem administrativa sobre como viabilizar a presença dos professores nas diferentes atividades do curso ou problemas de ordem pedagógica: escolher um assunto do currículo para ser desenvolvido com ou sem o auxílio do computador”
“Na verdade, a introdução da informática na educação segundo a proposta de mudança pedagógica, como consta no programa brasileiro, exige uma formação bastante ampla e profunda do professor. Não se trata de criar condições para o professor dominar o computador ou o software, mas sim auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no desenvolvimento desse conteúdo.”
“Mais uma vez, a questão da formação do professor mostra-se de fundamental importância no processo de introdução da informática na educação, exigindo soluções inovadoras e novas abordagens que fundamentem os cursos de formação”
“A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Essa prática possibilita a transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno. Finalmente, devem-se criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vividas durante a sua formação para a sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir.”
Postado por: Franciele
Partes importantes do artigo: Porquê o Computador na Educação?, por José Armando Valente

Os trechos retirados deste artigo referen-se a nossas dúvidas e certezas em relação a resistencia dos pofessores a se desvincularem do quadro negro, a falta de verba para implementação de laboratórios de informática nas escolas e a preparação dos professores...
“O advento do computador na educação provocou o questionamento dos métodos e da prática educacional. Também provocou insegurança em alguns professores menos informados que receiam e refutam o uso do computador na sala de aula.”
“o custo financeiro para implantar e manter laboratórios de computadores exige que os administradores adicionem alguma verba ao já minguado orçamento da escola.”
“A pobreza do nosso sistema educacional: a escola não tem carteiras, não tem giz, não tem merenda e o professor ganha uma miséria. Nessa pobreza, como falar em computador?”
“Outro argumento utilizado contra o uso do computador na educação é a desumanização que essa máquina pode provocar na educação.”
“Outros argumentos usados pelos céticos estão relacionados à dificuldade de adaptação da administração escolar, dos professores e dos pais à uma abordagem educacional que eles mesmo não vivenciaram. Esse, certamente, é o maior desafio para a introdução do computador na educação. Isso implica numa mudança de postura dos membros do sistema educacional e na formação dos administradores e professores.”
“O computador fará parte da nossa vida, portanto a escola deve nos preparar para lidarmos com essa tecnologia.”
“Existem muitos artefatos que fazem parte da nossa vida cuja habilidade de manuseio não foi adquirida na escola, por exemplo, o telefone, o rádio, a televisão. Somos capazes de manuseá-los muito bem e essa habilidade não foi adquirida na escola através de cursos sobre esses equipamentos. Por que ocomputador merece esse destaque dentre as tecnologias, a ponto de ser considerado objeto de estudo na escola? Se ele fará parte da nossa vida, como já ocorre, ele será simples, descomplicado, de modo que o usaremos sem saber que estamos usando um computador. Como ocorre com o telefone: usamos sem saber princípios de telefonia ou como funciona o telefone.”
“O computador é um meio didático: assim como temos o retroprojetor, o vídeo, etc., devemos ter o computador.”
“Motivar e despertar a curiosidade do aluno. A escola do século 18 não consegue competir com a realidade do início do século 21 em que o aluno vive. “É necessário tornar essa escola mais motivadora e interessante”
“Parece que o sistema educacional, como um todo, resiste a essas mudanças. Existe uma tendência de se manter oparadigma instrucionista por razões de ordem histórica — foi assim que fomos educados é assim que devemos educar — ou pela falta de entendimento do que significa aprender ou ainda pela falta de experiência acumulada que possa comprovar a efetividade educacional do paradigma construcionista.”
Postado por: Franciele
Trechos retirados do artigo - As tecnologias interativas no ensino, de
Vítor F. Ferreira, do Departamento de Química Orgânica - Instituto de Química - Universidade Federal Fluminense - Niterói - RJ
O autor fala sobre o processo da revolução tecnológica e suas influencias na educação...
"Um dos elos mais importante neste processo são os professores, que precisarão decidir como irão atuar nesta revolução tecnológica. Pensar que a tecnologia, principalmente o computador e a Internet, substituirão os professores e que não devemos nos preocupar com a formação de novos professores, já é um sintoma de uma doença no processo ou um otimismo exagerado pelos mais iniciados nestas tecnologias.
Um dos problemas mais graves observados nesta onda tecnológica é a preparação adequada dos professores. Eles precisam ser motivados e encorajados ao uso da tecnologia no seu plano didático. Logo, novas formas de treinamento e atualização precisam ser cuidadosamente criadas visando dar opções de escolha aos educadores. Além disso, para preparar e motivar os alunos para este novo ambiente tecnológico, os professores precisam estar equipados para ensinarem usando destas tecnologias. Neste caso é responsabilidade das "escolas-universidades" a provisão de tais ferramentas."
"[...] A questão do uso das novas tecnologias na escola não significa apenas um modismo, se as escolas e universidades pretendem formar cidadãos para se integrarem na sociedade. A utilização destes recursos ajuda a formar cidadãos e trabalhadores mais preparados funcionalmente (capital humano), pois em muitas áreas da sociedade estas tecnologias já estão a muito tempo em utilização (indústrias, comércio, transportes, bancos, etc.). Porém, o que se vê atualmente na maioria das escolas e universidades é o uso do giz e quadro negro. Apesar do quadro negro ter sido introduzido há mais de cem anos na sala de aula, ainda continua como o único recurso disponível para o professor. Talvez o quadro negro seja a tecnologia mais utilizada e difundida no mundo, até porque ainda continua tendo espaço útil, mesmo nas salas de aula equipadas com as mais avançadas ferramentas tecnológicas. Ele instiga a criatividade do professor e ainda hoje nos deparamos com cursos e seminários mostrando aos professores como utilizar mais eficientemente esta importante ferramenta para o ensino. "
"[...]Atualmente a maioria das salas de aula ainda são idênticas àquelas de vários anos atrás: livro, giz e quadro negro. Apesar da tecnologia do computador ter uma obsolescência rápida, talvez no futuro haverá um computador em cada sala de aula ou um "lap-top" para cada estudante.
Novamente voltamos a enfatizar a importância central do professor neste processo de ensino mediado por computador. Esta ferramenta não é boa nem ruim na sala de aula. É o seu uso que vai determinar se ela contribuirá para um bom processo educacional ou não. Os alunos não são idênticos e diferem na inteligência, cultura, meio social e experiências anteriores. O mesmo estudante pode mudar de atitude de um dia para o outro dependendo da sua condição emocional. Será que os pacotes de aprendizagem disponíveis estão programados para lidar com estas situações? Só o professor no contacto pessoal é capaz de identificar, estimular a curiosidade e fazer um trabalho pessoal com o estudante, mesmo num ensino mediado por computador. "
Segue abaixo, retirado do mesmo artigo, um treicho que refere-se a nossa dúvida sobre a preparação dos professores...
"O dito ensino tradicional pode tornar-se muito mais eficiente e atraente quando se utiliza das tecnologias interativas. Como afirma Moretti - "o computador só funciona quando melhoramos o professor". Portanto, é ineficiente colocar computadores nas salas de aula sem trabalhar o professor e adequar o curriculum do curso para à uma nova proposta pedagógica. "
"[...]No final de 1996, 75% das escolas nos EUA tiveram acesso à Internet mas apenas 14% estão em uma sala de aula18. Porém, apenas 5% dos professores a utilizou, apesar de que 20% dos professores tiveram treinamento no uso da Internet. Pelos dados coletados demonstra-se que o impacto na sala de aula ainda é muito limitado. Poucos professores fazem uso das informações contidas na rede por falta de conhecimento em telecomunicações. Recentemente foi feita uma pesquisa sobre como os professores estão utilizando os recursos da Internet, como foram treinados e como as informações são obtidas. Os resultados não foram muitos conclusivos, mas indicaram que o uso efetivo de apoio da Internet no ensino de ciências começou efetivamente em 1990 e que a maioria dos professores aprenderam a manipular a rede por si só. Poucos tiveram o incentivo das escolas para participarem de programas de treinamento."
" Conclusão
Neste trabalho procuramos dar uma visão geral sobre os usos das novas tecnologias interativas no ensino, procurando não advogar nem a favor nem contra o uso destas ferramentas, mas procurando mostrar os pontos positivos e negativos de seu uso. É a política educacional do país, a pressão sobre os professores e o crescente acesso a estas tecnologias interativas que definirão os novos paradigmas para o processo de ensino-aprendizado.[...]"
Vítor F. Ferreira, do Departamento de Química Orgânica - Instituto de Química - Universidade Federal Fluminense - Niterói - RJ
O autor fala sobre o processo da revolução tecnológica e suas influencias na educação...
"Um dos elos mais importante neste processo são os professores, que precisarão decidir como irão atuar nesta revolução tecnológica. Pensar que a tecnologia, principalmente o computador e a Internet, substituirão os professores e que não devemos nos preocupar com a formação de novos professores, já é um sintoma de uma doença no processo ou um otimismo exagerado pelos mais iniciados nestas tecnologias.
Um dos problemas mais graves observados nesta onda tecnológica é a preparação adequada dos professores. Eles precisam ser motivados e encorajados ao uso da tecnologia no seu plano didático. Logo, novas formas de treinamento e atualização precisam ser cuidadosamente criadas visando dar opções de escolha aos educadores. Além disso, para preparar e motivar os alunos para este novo ambiente tecnológico, os professores precisam estar equipados para ensinarem usando destas tecnologias. Neste caso é responsabilidade das "escolas-universidades" a provisão de tais ferramentas."
"[...] A questão do uso das novas tecnologias na escola não significa apenas um modismo, se as escolas e universidades pretendem formar cidadãos para se integrarem na sociedade. A utilização destes recursos ajuda a formar cidadãos e trabalhadores mais preparados funcionalmente (capital humano), pois em muitas áreas da sociedade estas tecnologias já estão a muito tempo em utilização (indústrias, comércio, transportes, bancos, etc.). Porém, o que se vê atualmente na maioria das escolas e universidades é o uso do giz e quadro negro. Apesar do quadro negro ter sido introduzido há mais de cem anos na sala de aula, ainda continua como o único recurso disponível para o professor. Talvez o quadro negro seja a tecnologia mais utilizada e difundida no mundo, até porque ainda continua tendo espaço útil, mesmo nas salas de aula equipadas com as mais avançadas ferramentas tecnológicas. Ele instiga a criatividade do professor e ainda hoje nos deparamos com cursos e seminários mostrando aos professores como utilizar mais eficientemente esta importante ferramenta para o ensino. "
"[...]Atualmente a maioria das salas de aula ainda são idênticas àquelas de vários anos atrás: livro, giz e quadro negro. Apesar da tecnologia do computador ter uma obsolescência rápida, talvez no futuro haverá um computador em cada sala de aula ou um "lap-top" para cada estudante.
Novamente voltamos a enfatizar a importância central do professor neste processo de ensino mediado por computador. Esta ferramenta não é boa nem ruim na sala de aula. É o seu uso que vai determinar se ela contribuirá para um bom processo educacional ou não. Os alunos não são idênticos e diferem na inteligência, cultura, meio social e experiências anteriores. O mesmo estudante pode mudar de atitude de um dia para o outro dependendo da sua condição emocional. Será que os pacotes de aprendizagem disponíveis estão programados para lidar com estas situações? Só o professor no contacto pessoal é capaz de identificar, estimular a curiosidade e fazer um trabalho pessoal com o estudante, mesmo num ensino mediado por computador. "
Segue abaixo, retirado do mesmo artigo, um treicho que refere-se a nossa dúvida sobre a preparação dos professores...
"O dito ensino tradicional pode tornar-se muito mais eficiente e atraente quando se utiliza das tecnologias interativas. Como afirma Moretti - "o computador só funciona quando melhoramos o professor". Portanto, é ineficiente colocar computadores nas salas de aula sem trabalhar o professor e adequar o curriculum do curso para à uma nova proposta pedagógica. "
"[...]No final de 1996, 75% das escolas nos EUA tiveram acesso à Internet mas apenas 14% estão em uma sala de aula18. Porém, apenas 5% dos professores a utilizou, apesar de que 20% dos professores tiveram treinamento no uso da Internet. Pelos dados coletados demonstra-se que o impacto na sala de aula ainda é muito limitado. Poucos professores fazem uso das informações contidas na rede por falta de conhecimento em telecomunicações. Recentemente foi feita uma pesquisa sobre como os professores estão utilizando os recursos da Internet, como foram treinados e como as informações são obtidas. Os resultados não foram muitos conclusivos, mas indicaram que o uso efetivo de apoio da Internet no ensino de ciências começou efetivamente em 1990 e que a maioria dos professores aprenderam a manipular a rede por si só. Poucos tiveram o incentivo das escolas para participarem de programas de treinamento."
" Conclusão
Neste trabalho procuramos dar uma visão geral sobre os usos das novas tecnologias interativas no ensino, procurando não advogar nem a favor nem contra o uso destas ferramentas, mas procurando mostrar os pontos positivos e negativos de seu uso. É a política educacional do país, a pressão sobre os professores e o crescente acesso a estas tecnologias interativas que definirão os novos paradigmas para o processo de ensino-aprendizado.[...]"
Postado por Michelle
sábado, 17 de outubro de 2009

Imagem retirade de:
www.fotosearch.com.br/UNQ540/u11748125
Trechos do Artigo - O USO INTELIGENTE DO COMPUTADOR NA EDUCAÇÃO de José A. Valente da NIED – UNICAMP
"O que seria a utilização do computador na educação de maneira inteligente? Seria fazeraquilo que o professor faz tradicionalmente ou seja passar a informação para o aluno,administrar e avaliar as atividades que o aluno realiza, enfim, ser o "braço direito" doprofessor; ou seria possibilitar mudanças no sistema atual de ensino, ser usado pelo aluno para construir o conhecimento e, portanto, ser um recurso com o qual o aluno possa criar,pensar, manipular a informação?"
É claro que a maneira inteligente seria a segunda e talvés esse seja um dos motivos pelo qual o professor não se disvincula do quadro negro, o fato de não saber utilizar o computador d forma inteligente.
Do mesmo artigo, aqui vão três motivos para usar o computador na educação...
"Primeiro, o computador tem mais facilidade para reter a
informação e ministrá-la de uma maneira sistemática, meticulosa e completa. O
computador jamais se esquece de um detalhe, se isso estiver especificado no seu
programa. Uma dor de cabeça ou um problema familiar jamais altera a sua performance.
Segundo, essa capacidade de sistematização do computador permite um acompanhamento
do aluno em relação aos erros mais freqüentes e à ordem de execução das tarefas. Muitas
vezes o professor tem muita dificuldade em realizar esse acompanhamento que pode ser
feito pelo computador de uma maneira muito mais detalhada. Terceiro, os sistemas
computacionais apresentam hoje diversos recursos de multimídia, como cores, animação
e som, possibilitando a apresentação da informação de um modo que jamais o professor
tradicional poderá fazer com giz e quadro negro, mesmo que ele use o giz colorido e seja
um exímio comunicador. A vida das crianças está tão relacionada com o uso dessas
mídias que é inglório tentar competir com a informática."
Postado por Michelle
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Porque os professores não conseguem se disvincular do quadro negro?
Os professores em geral estão tão acostumados a usar o quadro negro, que mesmo quando a escola dispõe do uso de computadores os professores resistem a ele... será o medo de não saber usar?Através dessa pesquisa vamos procurar saber quais os motivos que levam a esse comportamento.
Postado por Michelle
Os professores em geral estão tão acostumados a usar o quadro negro, que mesmo quando a escola dispõe do uso de computadores os professores resistem a ele... será o medo de não saber usar?Através dessa pesquisa vamos procurar saber quais os motivos que levam a esse comportamento.
Postado por Michelle
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